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Como o câncer pode prejudicar a capacidade da mulher ter filhos


Muitas mulheres não sabem, mas alguns tipos de quimio e a radioterapia utilizadas contra o câncer de mama (e outras neoplasias) podem afetar os óvulos. Dependendo do tipo do tratamento, há perda na quantidade e na qualidade dos óvulos de forma irreversível, muitas vezes impossibilitando uma gravidez futura.

Alguns quimioterápicos têm mais ação deletéria nos ovários e outros menos. Quanto à radioterapia, a chance de recuperar a fertilidade após o tratamento vai depender do local a ser irradiado e da dose de irradiação utilizada. Então sua capacidade de ter filhos naturalmente após o tratamento dependerá da sua reserva ovariana (ou seja, do número de óvulos que possui antes do tratamento), do tipo de quimioterapia e sua resposta ao tratamento, porque cada medicação tem um efeito diferente no ovário.

Uma alternativa para estas pacientes que pensam em ser mãe futuramente é realizar o congelamento de óvulos antes do tratamento para o câncer, seja ele cirúrgico ou quimio/radioterapia. O congelamento aumenta as chances de maternidade após a remissão da neoplasia, e pode ser realizado tanto por mulheres que já foram mães ou que ainda não tiveram a oportunidade de gestar.

O processo para congelamento dos óvulos inicia com uma estimulação hormonal dos ovários para que “amadureçam” o maior número de óvulos possível, através do uso de medicamentos injetáveis. Ao atingirem o tamanho ideal, os óvulos são coletados num procedimento chamado captação, que é realizado com sedação, via vaginal, sem cortes. Uma vez retirados, esses óvulos são congelados em laboratório. O tratamento todo leva em torno de 12 a 14 dias.

O ideal é que se congele o maior número possível de óvulos e no menor tempo possível. Sabemos que o satisfatório é que se congele em torno de 10 a 20 óvulos, para que no futuro quando se for utilizá-los se tenha uma chance maior de gestação. Entretanto, qualquer número de óvulos que se consiga coletar deve ser congelado.

Nos casos de câncer de mama, o protocolo é adaptado com hormônios compatíveis com o tipo de câncer, para não prejudicar o tratamento ou piorar a doença. Não há tempo limite para deixar os óvulos congelados. Os óvulos podem ficar congelados pelo tempo que a mulher precisar ou desejar e mantém suas características do momento em que foi congelado. Ou seja, quando sob congelamento o óvulo não envelhece.

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