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Passo a passo da fertilização in vitro

Entenda as etapas da FIV, desde o tratamento medicamentoso, etapas do laboratório até o teste de gravidez.


Oito milhões. Esse é o número de brasileiros que podem ser inférteis, segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde. Mas nem todo casal que não consegue engravidar necessita realizar a fertilização in vitro (FIV). Dependendo da causa da infertilidade, é possível realizar relações programadas, uso de medicamentos indutores da ovulação ou realizar inseminação intra-uterina, por exemplo. Mas é necessário a orientação médica para individualizar o esquema a ser utilizado em cada caso.


Na fertilização in vitro (bebê de proveta), o óvulo da mulher é coletado e fecundado com o espermatozoide no laboratório. A fertilização acontece fora do corpo da mulher. Ao ocorrer a fertilização, é formado um embrião, que é posteriormente transferido para o útero da futura mamãe.


Na maioria das vezes o tratamento de FIV tem a duração de um ciclo menstrual. Inicia no 2º dia da menstruação, com uso de medicações, geralmente aplicadas no abdômen, objetivando aumentar o número de óvulos disponíveis para serem coletados. São os medicamentos “indutores de ovulação”. A indução de ovulação é acompanhada por exames de ultrassom, e quando os folículos (espécie de “bolsas” que contém os óvulos dentro) atingem um determinado tamanho, estes são coletados. Enquanto os óvulos são captados, o sêmen é colhido por masturbação ou punção. No laboratório, os gametas são unidos e o embrião formado é colocado no útero após 3 a 5 dias da fertilização. O número máximo de embriões a ser transferido é definido pelo Conselho Federal de Medicina, de acordo com a idade materna. Mulheres até 35 anos podem implantar até dois embriões, de 36 anos até 40 anos podem implantar até 3 embriões e mulheres acima desta idade podem transferir para o útero até 4 embriões. Consequentemente, quanto mais embriões colocados no útero, maior a chance de que pelo menos um deles se implante e se desenvolva. Mas isso não significa que todos embriões implantados irão evoluir para uma gestação.


O que acontece no laboratório de fertilização in vitro

O trabalho no laboratório de fertilização in vitro inicia com recebimento dos óvulos coletados. “Recebemos do médico o conteúdo dos folículos, no qual procuramos os óvulos, com o auxílio de uma lupa. Esses óvulos são denudados (retirada de uma camada de células ao seu redor) e classificados como maduros ou imaturos”, comenta a embriologista do Conception, Gabriela Prelle Ledur. “Quando maduros, estão prontos para serem fertilizados pelo espermatozoide”. Ao mesmo tempo em que os óvulos estão sendo avaliados, é coletado o sêmen do futuro pai. Esse sêmen é concentrado para a realização da fertilização in vitro. Com os óvulos maduros e os espermatozoides concentrados, é chegada a hora da fertilização in vitro propriamente dita. “Há duas

técnicas possíveis para sua realização. Na primeira, clássica, colocamos em uma placa de Petry o óvulo e os espermatozoides, e o encontro das duas células é realizado espontaneamente”, explica Gabriela. “Há também a técnica de ICSI, onde selecionamos o melhor espermatozoide e, com o auxilio de uma agulha, o colocamos no interior do óvulo, realizando a fecundação”. A partir do segundo dia após o contato dos dois gametas, é averiguado se houve a fertilização e o desenvolvimento do embrião. Os embriões ficam em incubadoras que mimetizam as condições uterinas por 3 a 6 dias, enquanto multiplicam suas células e se desenvolvem. “A partir da avaliação morfológica embrionária é possível predizer as chances de sucesso”, enfatiza a embriologista. A seleção do embrião para transferência é feita baseada na morfologia no momento da avaliação. De acordo com cada caso e cada protocolo médico, os embriões viáveis são transferidos no terceiro ou quinto dia após a fecundação. “Para a transferência do embrião para o útero, inserimos o embrião em um catéter com uma seringa na ponta. O médico insere esse catéter na cavidade uterina e delicadamente o coloca no endométrio, expulsando-o com a seringa”, detalha Gabriela.


O infográfico abaixo mostra como funciona todo o processo:

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