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Causas mais comuns de abortamento




Infelizmente, o aborto espontâneo é uma fatalidade bastante frequente. Estima-se que, pelo menos, 25% das mulheres já sofreram a perda de um filho em um aborto espontâneo. Superar a dor da perda se torna ainda mais desafiadora para o casal quando isso ocorre mais de uma vez, o chamado aborto de repetição ou aborto recorrente.


As causas de abortamento são variadas. Podem estar ligadas à uma estatística normal de perda do ser humano, mas a idade materna avançada é um dos fatores de risco que mais impacta para a ocorrência de abortos.


As quatro causas mais comuns de abortamento são:


Alterações genéticas no embrião: quanto maior a idade da mulher, menor a chance de formação de embriões geneticamente normais. A partir dos 40 anos, até 70% dos seus embriões podem ter alterações cromossômicas (aneuploidias). Com as técnicas de reprodução assistida, durante a fertilização in vitro é possível selecionar os embriões geneticamente normais por meio do diagnóstico pré-implantacional.


Alterações no útero: há alterações no útero, adquiridas ou congênitas, que podem causar o abortamento. Presença de miomas uterinos, septos, pólipos e sinéquias são alguns exemplos, assim como a má formação do útero. Essas alterações podem ser identificadas através de exames de imagens.


Alterações na tireoide: é sabido que o hipo e o hipertireoidismo descompensados (distúrbios da tireoide) aumentam o risco de aborto. Nesse caso, é importante fazer uma avaliação médica antes de engravidar para checar os níveis hormonais. Além de investigar os hormônios tireoidianos, é importante pesquisar quanto à presença de anticorpos contra a tireoide e aproveitar para descartar a presença de diabetes (outro fator relacionado ao aborto recorrente).


Trombofilias: as trombofilias são doenças associadas à coagulação e descoagulação sanguínea. Elas podem ser adquiridas ou congênitas. A síndrome antifosfolípide é a trombofilia mais frequentemente associada à abortamentos, e causa trombose dos vasos placentários. A investigação de trombofilias é realizada através de exames de sangue.


Mesmo que o abortamento não tenha ocorrido por estas causas mais frequentes, é sempre indicada a investigação da causa da perda gestacional.


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