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Como funcionam os bancos de sêmen

Quando um casal não consegue ter filhos, é natural que as pessoas imaginem que a mulher tenha algum problema que a impeça de engravidar. Mas nem sempre é assim. Dados da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva apontam que 30% dos casais que não conseguem engravidar têm como causa exclusiva da infertilidade algum problema de saúde reprodutiva masculina.


Alguns homens podem apresentar baixa qualidade do sêmen por causas genéticas, adquiridas ou ainda por tratamentos de saúde como a quimioterapia e radioterapia. Essa baixa qualidade pode afetar a fertilidade deste casal. Inclusive há homens que são azoospérmicos (não apresentam espermatozoides no líquido ejaculado) e só vem a descobrir quando tentam engravidar. Neste cenário, o banco de sêmen é uma alternativa para gestação quando o homem possui problemas na produção ou qualidade dos espermatozoides, ou ainda para gestações de casais homossexuais e para mulheres que não possuem parceiro.


Escolha do doador


De acordo com as normas estabelecidas pelo Conselho Federal de Medicina para a utilização dos bancos de sêmen, é obrigatório o anonimato entre doador e receptor do sêmen. Desta forma, nem quem doa nem quem recebe o sêmen conhecerá sua identidade. Esta medida procura proteger a família contra a possibilidade de um indesejável vínculo do doador com a criança, diferente do que, muitas vezes é apresentado na ficção – isso porque a legislação sobre o uso do sêmen varia de país para país.


Assim, no Brasil, já que deve-se preservar o anonimato, não é possível que os casais tragam um parente ou pessoa conhecida para realizar a doação. Ao diagnosticada a necessidade de utilização de sêmen de doador, o médico ou centro de reprodução humana contata o banco de sêmen para compra da amostra. Todo sêmen disponível nos bancos é testado para inúmeras doenças antes de ser disponibilizado para uso.


O casal ou mulher que irá utilizar os espermatozoides escolhe o sêmen com base na característica do doador. Os Bancos de Sêmen fornecem às clínicas de reprodução humana um relatório com as características físicas e pessoais do doador: tipo de sangue, tipo físico, estatura, cor dos olhos, cabelo, pele, qualificações profissionais, hobby, etc. Também são oferecidas informações técnicas de cada sêmen, acerca da qualidade da amostra. Escolhido o sêmen, ele é transportado congelado até o Centro de Reprodução Humana para ser utilizado em tratamentos como inseminação artificial e fertilização in vitro após descongelamento apropriado. A amostra pode ficar congelada por tempo indeterminado, sem afetar sua fertilidade.


O infográfico abaixo mostra como funciona todo o processo:

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